sexta-feira, 1 de abril de 2011

Desmascarando a Teologia do Barulho Reteté


Gostaria hoje de esclarecer uma pergunta enviada pelo meu amigo e Presbítero Evaldo. Ele nos enviou a seguinte dúvida: “ Por que os crentes barulhentos se consideram pentecostais?”Para responder essa pergunta, que por sinal é muito pertinente, lanço outra questão: O barulho é a marca de um cristão pentecostal?
Amigos e leitores, atualmente a marca que evidencia um cristão avivado está no estereótipo da pessoa e não mais na alma e no espírito. Por incrível que pareça, o quanto você mais berra, mais grita, mais se “esperneia”, caí no chão, dança no “espírito” (não sei em qual espírito), mais avivado e pentecostal você é!
A Palavra de Deus é tão clara quanto ao avivamento do Senhor. O avivamento não se caracteriza por aberrações, gritos, milagres, mudanças litúrgicas e etc.... Avivamento é muito mais que isso!
O verdadeiro avivamento é provocado pela Palavra de Deus e resulta na mudança de conduta da pessoa avivada. Tudo em sua vida se faz novo, todas as áreas de sua vida são afetadas e tão logo essa pessoa passa a desenvolver os frutos do Espírito. (Gálatas 5.22-23)
Notemos que os frutos do Espírito Santo são: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. (Observe esses dois últimos frutos). Uma pessoa cheia do Espírito é mansa e possui domínio próprio sobre si, ou seja, não age por impulsos, por emoções, menos ainda por sensações e tem seu temperamento controlado pelo Espírito do Senhor.
Interessante essa “Teologia do Barulho” desenvolvida pelos Neopentecostais. Quem nunca ouviu o famoso jargão: “Pentecostal que não faz barulho está com defeito de fabricação”. Não sei qual a finalidade dessa frase, mas uma coisa é certa: Deus é não surdo!
Deus não é surdo e muito pelo contrário a sua Palavra diz que Ele conhece todos os nossos pensamentos, nossos intentos e nosso coração (Salmos 139), sendo assim não haveria necessidade de “berrar” ao ouvido de Deus, pois o Senhor não procura gritos e sim verdadeiros adoradores que é adorem em Espírito e em Verdade (João 4.24)
Uma coisa é certa essa Teologia do Barulho nada mais é que puro misticismo criado por “cristãos” que não conhecem a Deus e tão pouco a sua Palavra. Chamamos de misticismo o conjunto de normas e práticas que tem por objetivo alcançar uma comunhão direta com Deus. O problema é que quase sempre, os místicos são induzidos a prescindir da Bíblia e se basear apenas em suas experiências.
Efetuando uma exegese do derramamento do Espírito Santo em Atos 2, verifica-se uma ordem e que os sons estavam legíveis ao público em geral. Disse o médico e historiador Lucas: “E correndo aquela voz, ajuntou-se uma multidão e estava confusa, porque cada um ouvia falar na sua própria língua”(AT 2.6)
Lucas destaca que ouve entendimento do que os discípulos de Cristo falavam, por parte dos viajantes que estavam em Jerusalém:”Todos os temos ouvido em nossas própria línguas falar das grandezas de Deus”(v.11). O versículo 13 diz que alguns zombaram do acontecimento, alegando que os discípulos estavam bêbados, isso significa que houve um barulho inelegível?
O versículo 13 indica que alguns não entenderam o agir do Espírito Santo, mas isso não significa um barulho rock-roll, verificado em muitas reuniões pentecostais, que mais se assemelham ao Maracanã em dia de clássico do que um genuíno culto cristão.
Paulo nos alerta em 1 Co 14.23:”Se, pois, toda a igreja se congregar num lugar, e todos falarem em línguas estranhas, e entrarem indoutos ou infiéis, não dirão, porventura que estais loucos? Paulo demonstra uma preocupação em todo o capítulo 14, que deve haver uma ordem na línguas e profecias no culto, a fim de que todos sejam edificados.
O barulho é característica do culto pentecostal?
a)O culto pentecostal é racional (Rm 12.2). O culto barulhento, não dá lugar a reflexão e meditação.
b) O culto pentecostal tem ordem (1Co 14.40). Essa ordem não é de um cemitério, como dizia Apóstolo Paulo: os dons são exercidos com o propósito de edificar a igreja e não escandalizá-la.
c) O principal propósito do culto pentecostal é glorificar a Deus e edificar a igreja (1Co 14.26). Um lugar onde o barulho reina, não há lugar para a Palavra de Deus e nem para a edificação do próximo por meio de palavras inteligíveis.
d) Os dons espirituais, quando exercidos segundo as regras estabelecidas pela Palavra de Deus, não causam desordem ou bagunça (1Co 14.29-33);
e) o culto pentecostal é dinâmico, mas há lugar para uma liturgia (1Co 14.26). O culto é feito por homens guiados pelo Espírito de Deus, porém o homem é que oferece o culto, seguindo assim uma ordem(liturgia).
Não podemos negar que a presença do Espírito Santo em nossas vidas abala nossa estrutura corporal. Não posso negar que muitas vezes me exalto quando estou pregando a Palavra do Senhor, entretanto tenho a convicção que Deus não olha a aparência e sim o coração do homem (1 Samuel 16.7)
Deixemos de lado as loucuras dos homens e tentemos compreender a loucura de Deus que é a sua Palavra. (1 Co 1.21)
Elaborado por Pr Elder Cunha (http://eldersacalcunha.blogspot.com)

sexta-feira, 18 de março de 2011

Cicatriz




Um menino tinha uma cicatriz muito feia em seu rosto.
Os alunos de sua escola o evitavam, não sentavam ao seu lado nem falavam com ele. Na verdade, quando seus colegas de escola o viam, franziam a testa devido à aparência horrível da cicatriz.

Certo dia a turma se reuniu com o professor e foi sugerido que o menino (da cicatriz) não frequentasse mais o colégio e o professor levou o caso à diretoria da escola. A diretoria o ouviu e chegou à seguinte conclusão:
Não poderia tirá-lo do colégio e que conversaria com o menino – Ele seria o ultimo a entrar em sala de aula e o primeiro a sair – desta forma, nenhum aluno veria o seu rosto, a não ser que olhassem para trás.

O professor achou boa a ideia da diretoria, pois sabia que os alunos não olhariam mais para trás.
Levada a decisão ao conhecimento do menino, ele prontamente aceitou a imposição, porém, com uma condição: que ele pudesse comparecer à frente da turma para explicar-lhes o por quê daquela CICATRIZ.


A turma concordou, e no dia seguinte o menino entrou em sala, dirigiu-se à frente dos colegas e começou a relatar:
- Sabe turma, eu entendo vocês. Realmente esta cicatriz é muito feia, mas foi assim que eu a adquiri:
- Minha mãe era muito pobre e para ajudar na alimentação de casa ela passava roupa para fora, eu tinha por volta de 7 a 8 anos de idade… A turma estava em silencio atenta a tudo que era dito.

O menino continuou: – Além de mim, haviam mais três irmãozinhos, um de 4 anos, outro de 2 anos e uma irmãzinha com apenas alguns dias de vida. Silêncio total em sala.

- Foi aí que, não sei como, a nossa casa que era muito simples, feita de madeira, começou a pegar fogo.

Minha mãe correu até o quarto em que estávamos, pegou meu irmãozinho de 2 anos no colo, eu e meu outro irmão pelas mãos e nos levou para fora.

Havia muita fumaça, as paredes que eram de madeira, pegavam fogo rapidamente e estava muito quente… Minha mãe colocou-me sentado no chão do lado de fora e disse que eu ficasse com meus irmãozinhos até ela voltar, pois tinha que ir lá para pegar minha irmãzinha, que continuava lá dentro da casa em chamas.

Porém, ela foi contida, as pessoas que estavam ali não a deixaram entrar para buscar minha irmãzinha. Eu via minha mãe gritar muito. Parece que sentia muita dor! Ela dizia:

- Minha filhinha está lá dentro, tenho que salvá-la! Vi no rosto de minha mãe o desespero, o horror. Ela gritava, mas aquelas pessoas não a deixavam ir buscar minha irmãzinha…

Foi aí que decidi. Peguei meu irmão de 2 anos que estava em meu colo e o coloquei no colo do meu irmãozinho de 4 anos e disse-lhe que não saísse dali até eu voltar. Saí de entre as pessoas, sem ser notado e
quando perceberam eu já tinha entrado na casa. Havia muita fumaça, estava muito quente, mas eu tinha que pegar minha irmãzinha.

Eu sabia o quarto em que ela estava e quando cheguei lá, ela estava enrolada em um lençol e chorava muito… Nesse momento vi caindo alguma coisa, então me joguei por cima dela para protegê-la, e aquela coisa muito quente caiu sobre o meu rosto.

A turma estava quieta, atenta ao menino e envergonhada. Então o menino continuou: – Vocês podem achar esta CICATRIZ feia, mas tem alguém lá em casa que acha linda e todo dia quando chego, a minha irmãzinha me beija porque sabe que é marca de AMOR!

Vários alunos choravam. Não sabiam o que dizer ou fazer.

O menino foi para o fundo da classe e sentou-se.